COLUNAS - ECONOMIA


A retomada do setor de serviços
16/05/2022 00:00:00

O setor de serviços, se compararmos o primeiro trimestre do 2021, com o trimestre de 2022, cresceu +9,4%, sendo +1,1% exclusivamente do comercio. Entendo que os números positivos de ambos os termômetros têm fatores comuns. A melhora considerável do quadro sanitário incentivou a circulação das pessoas e, consequentemente, a geração de transações. Além disso, determinados segmentos ainda apresentam demanda reprimida em decorrência da extensão das medidas contra a pandemia. Por fim, a retomada do emprego e o recente fortalecimento das transferências do governo constituem elementos igualmente favoráveis. O confronto com o primeiro trimestre do ano passado exibe taxas elevadas. É fundamental lembrar do efeito estatístico provocado pela base diminuta, uma vez que, à época, a economia sofria com a variante Delta da COVID-19, responsável pelas limitações ao funcionamento dos negócios e por criar incertezas a respeito do futuro. O leito deve estar se questionando, quais seriam as perspectivas para o decorrer do ano, tendo em vista, que o setor de serviços é o mais sofreu com os impactos da pandemia e os que mais desempregou. Cabe ressaltar que o Programa Renda e Oportunidade foi anunciado somente no dia 17 de março, de modo que a injeção gradual dos recursos via saque parcial do FGTS e o adiantamento do 13º para aposentados e pensionistas começou apenas no final de abril. Portanto, o impacto da política deverá ser substancialmente maior nos períodos seguintes. Creio, no entanto, que existem dificuldades para a sustentação de crescimento do comércio no segundo semestre, em função da resiliência do incremento dos preços como o aumento nos combustíveis, gás, energia, que encarecem os custos fixos de qualquer empresário, da manutenção da Taxa SELIC em patamares altos e da tendência de que a crise logística não seja resolvida tão cedo. Outro ponto a ser considerado é em relação a instabilidade política, quanto mais próximo as eleições os ânimos do mercado tendem a se alterar. O cenário é relativamente mais benigno para o setor terciário, pois muitos nichos provavelmente continuarão valendo-se dos ganhos de mobilidade da população, como eventos, turismo, educação, entre outros. O segredo é aproveitar as oportunidades geradas, atender da melhor forma, ajusta a margem de lucro, gastar o necessário sem deixar de investir. 

 


Mateus Sangoi Frozza - Economista

Economista e Professor da Universitário.

Foi Coordenador dos cursos de Ciências Econômicas e Administração da Universidade Franciscana (UFN).

Secretário de Finanças no Município de Santa Maria (2019/2021).

CEO da Tride3 Consultoria e Treinamentos

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