MUNDO
Após 100 dias, guerra da Ucrânia está longe do fim
03/06/2022 09:26:06

A guerra na Ucrânia completa 100 dias nesta sexta-feira. A invasão, denominada por Vladimir Putin como "operação militar especial", deixou milhões de refugiados, bilhões de dólares em prejuízo e trouxe à mídia imagens diárias dos horrores de um confronto armado. Confira os principais momentos do conflito até o momento.

Em 24 de fevereiro, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou em rede nacional que o país iniciaria uma operação militar especial na Ucrânia, com o objetivo de desnazificar o país e interromper a perseguição aos falantes de russo em território ucraniano. 

Um dos primeiros reflexos da guerra na Ucrânia foi a tentativa desesperada de milhões de pessoas para deixar o país. Em menos de uma semana, mais de 1 milhão de ucranianos já haviam procurado nações vizinhas, como a Polônia e a Romênia. Segundo a ONU, pelo menos 6,5 milhões de pessoas saíram da Ucrânia por conta da guerra, no total. 
Cerca de uma semana após a invasão, os soldados russos tomaram a usina de Chernobyl. A instalação, palco de um dos maiores desastres nucleares da história, ficou ocupada aproximadamente por um mês, quando as Forças Armadas da Rússia decidiram deixar o lugar. Acredita-se que os soldados de Moscou estivessem sofrendo com efeitos radioativos de áreas isoladas nos arredores da usina.

Tão logo como a tomada de Chernobyl pelos russos, o Ocidente foi rápido em promover sanções à Rússia e a empresas locais ligadas ao Kremlin. Autoridades do país, como Putin, e grandes oligarcas, como Roman Abramovich, tiveram bens congelados no exterior.
Uma batalha entre russos e ucranianos pelo aeroporto de Hostomel, nos arredores de Kiev, destruiu o avião Antonov-225 Mriya — a maior aeronave de cargas do mundo. Com capacidade de transporte ímpar, o Antonov-225 era o único exemplar do seu modelo.

Com o objetivo de invadir Kiev, tropas russas causaram enorme destruição nos arredores da capital. A cidade de Irpin foi um dos locais mais afetados pela ofensiva de Moscou, lidando com os inúmeros danos e mortes de civis, incluindo jornalistas estrangeiros da Fox News.
Também nas primeiras semanas de guerra, o hospital infantil e maternidade de Mariupol foram parcialmente destruídos por um bombardeio russo. Pelo menos 17 pessoas ficaram feridas, incluindo crianças e grávidas.

Ainda em Mariupol, um teatro, que funcionava como abrigo civil para moradores da cidade, foi atacado por um bombardeio russo. Ao menos 300 pessoas morreram no incidente, segundo informações da imprensa ocidental.
Suspensão
Em uma votação esmagadora, a Assembleia-Geral da ONU decidiu pela suspensão da Rússia do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas. O pleito, quase unanime, contou com oposição de poucos países aliados da Rússia, como China, Cuba, Irã, Nicarágua e Síria.

O apoio ocidental à Ucrânia levou também a inúmeros discursos do presidente Volodymyr Zelensky em parlamentos e câmaras internacionais. O líder ucraniano foi aplaudido de pé por políticos de países como Alemanha, Canadá, Estados Unidos, Itália, Japão, Reino Unido, entre outros.

A resistência ucraniana para conter a ofensiva russa em Kiee, fez as Forças Armadas de Putin recuarem. Segundo informações de inteligência, a força do exército de Zelensky na capital estava diminuindo a moral dos soldados de Moscou, restando à Rússia recuar e iniciar uma nova investida na região leste do país.

A retirada de tropas russas da região da capital mostrou a extensão dos donos causado ao patrimônio e às vidas ucranianas. Em Bucha, centenas de corpos de civis foram encontrados pelas ruas e nos porões de casas da cidade. O caso fez com que Zelensky deixasse Kiev e fosse visitar a cidade, classificando a situação como crime de guerra.
A redução das operações militares na região de Kiev foram o momento propício para líderes mundiais visitarem Zelensky na capital ucraniana. A primeira grande visita foi do premiê britânico, Boris Johnson, seguido por outras personalidades, como a primeira-dama dos Estados Unidos, Jill Biden.
O naufrágio do navio Moskva foi uma das grandes vitórias ucranianas na guerra. O afundamento do maior cruzador russo da frota do mar Negro terminou com a morte de 37 militares, segundo veículos independentes da Rússia. A informação do número de baixas não foi confirmada oficialmente pelo governo do país.

Redução de tropas
Com a redução do número de tropas na região de Kiev, os russos aumentaram os contingentes em outras áreas do país, como Mariupol. A maioria numérica de soldados, além dos equipamentos sofisticados, fizeram ucranianos perderem o controle da cidade portuária.
O último foco de resistência em Mariupol se tornou a usina siderúrgica de Azovstal, onde milhares de soldados ucranianos ficaram entrincheirados durante dias, junto de centenas de civis. Foram necessárias negociações para a retirada da população do local, além da rendição dos militares.

Soldados russos capturados por forças ucranianas começaram a ser julgados pela Justiça do país. O primeiro militar a enfrentar a corte admitiu ter matado um civil de 62 anos e foi condenado à prisão perpétua. A Rússia, por sua vez, não considerou o julgamento legal por falta de assistência jurídica ao réu.

 

 

Correio do Povo

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