ECONOMIA
Planos de saúde preveem alta de 16% neste ano, a maior da história
18/04/2022 09:18:26

A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) deve anunciar ainda este mês o reajuste dos planos de saúde individual para o período de maio de 2022 a abril de 2023. A previsão de entidades do setor é que o reajuste seja de 16,3%, maior percentual já aplicado pela agência regulatória.
A ANS determina todos os anos o reajuste que as operadores devem aplicar aos planos individuais. São levados em consideração fatores como variação das despesas com assistência médica, variação por faixa etária e inflação do período anterior.

Em 2021, a ANS determinou um reajuste negativo, de -8,19%, o que significa que os clientes tiveram descontos nas mensalidades. Para este ano, tanto a FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar), quanto a Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde) preveem o reajuste de 16,3%.

A Abramge cita o aumento de custos com internações represadas em 2020, a persistência da pandemia no primeiro semestre de 2021, a alta do dólar e a inflação de insumos médicos como os principais motivos para um reajuste maior.
Plano de saúde coletivos

O reajuste determinado pela ANS diz respeito apenas aos planos de saúde individuais, que atualmente representam 18% de todos os contratos ativos no mercado. O restante dos planos são coletivos e têm reajustes previstos por contrato, sem passar por regulação da agência.

A falta de regulação fez com que as operadoras se concentrassem nos planos de saúde coletivos, que lhes garantem maiores lucros. Embora as empresas usem o reajuste estabelecido pela ANS para os contratos individuais como uma referência, os reajustes dos planos coletivos sempre são maiores.
Em 2021, por exemplo, enquanto os planos individuais tiveram queda de 8,19%, os planos coletivos com 30 clientes ou mais tiveram reajuste médio de 5,55% e os planos coletivos com até 29 clientes passaram por reajuste ainda maior, de 9,84%, de acordo com a agência regulatória.

Especialistas na área explicam que o poder de negociação dos clientes de planos coletivos com as operadoras é pequeno, o que abre margem para aumentos abusivos. Um dos pontos mais criticados é o reajuste por faixa etária, que estabelece aumentos nas mensalidades conforme os usuários envelhecem.

Eles também cobram maior regulação do setor e mais transparência nos procedimentos da própria ANS, que atualmente define o reajuste para os planos individuais com base apenas nas informações fornecidas pelas operadoras.

 

 

Jornal O Sul

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