Ano novo... Vida nova, quer dizer, depende!

A vida nova, com tudo que se almeja, se deseja e se tem direito, não virá com a virada do ano de forma majestosa e mágica. Não haverá superstição que chegue a tempo se não houver movimento em busca de novos comportamentos, novas atitudes, de reflexões acerca das verdadeiras prioridades, de metas e objetivos que fazem sentido e para alcançá-los, um bom planejamento e ações.

Para uma boa viagem precisa-se muito mais do que um meio de transporte e de uma mala feita. Por garantia é importante planejá-la, estudar a logística para a chegada aos destinos, os custos, o cronograma, enfim... Caso contrário, pode ser até divertido, porém, arriscado. E a mesma coisa é nós frente a um novo ano: Precisamos saber, ao menos, o que queremos, o que NÃO se quer mais, o que é necessário deixar para trás e com isto, com este mapa mental em mãos, dar início à viagem!

Ninguém chega a nenhum lugar se houver paralisia. Olhar fotos de lugares extraordinários serve para aguçar o desejo e o desejo mover para criar as estratégias que levarão de fato a estar e satisfazer-se verdadeiramente, presente de corpo e alma no local. Portanto, apenas olhar imagens, idealizar a viagem e sonhar como seria não é suficiente, infelizmente, para se chegar ao destino. É preciso fazer acontecer.

Além de uma organização e de atitudes, a viagem acontecerá de forma mais leve e feliz se as malas não estiverem pesadas demais. Não levar nada mais do que o necessário é sempre uma boa dica de etiqueta aos viajantes. E, também, uma ótima analogia para refletirmos sobre a necessidade de não trazer para o novo ano aquilo que não nos pertence mais, ou que não cabe mais, ou o que não faz mais sentido, ou o que já doeu no ano passado...

A leveza das bagagens garantirá uma forma mais tranquila de lidar com tudo aquilo que nos for proposto, aquilo que está dentro do planejamento e com os possíveis imprevistos. Inclusive, a leveza, é uma das minhas metas para este ano! Sim, ser leve, encarar o dia a dia, a rotina, os acontecimentos com mais serenidade – afinal de contas – quando falamos em metas não necessariamente precisam ser só objetivos de concretizações materiais e podem estar presentes na lista as mudanças comportamentais que advém de uma autoanálise e autoconhecimento.

Esta reflexão intrapessoal oportunizará fazer um balanço sobre o que deve continuar cabendo no meu mundo (no mundo de cada um) e aquilo que não há porque fazer um esforço dolorido de suportar, tolerar e carregar (sem necessidade) pesando os próximos dias.

Então, para uma viagem espetacular (o que não significa que não tenhamos desventuras) prepare o roteiro, crie um plano para segui-lo e carregue somente aquilo que é importante, sem bagagens extras. Assim a jornada torna-se possível de ser vivida em busca de realização pessoal, profissional e para alcançar os propósitos julgados como importantes. Haverá movimento durante a travessia, quem sabe até alguma ou outra turbulência, mas para quem sabe aonde quer chegar nada é suficiente para perder-se na rota. E lembre-se, a vida é altamente pedagógica, ou seja, sempre há o que aprender – mesmo (e principalmente) nas dificuldades. Siga em frente sempre, com foco e sem esquecer do toque de leveza para o percurso, afinal um otimismo extra é sempre muito bem-vindo.

Feliz viagem pelo 2024!