Eu venho de uma semana de ócio produtivo. E se férias fossem luxo ou desnecessário não teria uma lei que a respalda e garante a todo trabalhador o direito de gozar de dias de descanso.
Não foi muito, foram apenas 5 dias que me afastei do consultório para repor as minhas energias, quebrar a rotina rígida e corrida de horários, criar memórias afetivas com a minha filha, estar com pessoas especiais por mais tempo, terminar livros que tinha sido iniciados e iniciar outros e, também, não fazer nada, porque não precisamos estar sempre fazendo algo.
Há 15 anos atuando como Psicóloga e profissional autônoma, hoje, reconheço a necessidade e a importância de parar por alguns dias. O meu corpo, a minha mente, o meu coração de mãe me dão indícios de quando é hora de recarregar as baterias. Eu aprendi a ser o meu próprio termômetro que me regula.
Mas confesso que nem sempre pensei assim. Em um mundo tão alucinado parece que parar não é mais permitido. O significado de sucesso parece que está ligado à agenda mais cheia, a quem corre mais, a quem tem menos tempo, a quem precisa dar conta de inúmeros compromissos e esta rotina acelerada e exaustiva está tornando-se normal aos nossos olhos. Estamos assimilando que o certo é exaurir-se e o errado, que vai de encontro com todo o resto, é sossegar-se.
Ficar off o quanto for necessário para cada um nunca deve vir a ser motivo de culpa, como já aconteceu comigo que pensava que só estaria produzindo algo, desenvolvendo-me e evoluindo se estivesse em constante movimento. Já cheguei a sacrificar a mim e os meus para não deixar passar batida nenhuma nova demanda ou solicitação, até que entendi que para cuidar dos outros preciso, primeiro, cuidar de mim.
Ninguém terá o que entregar, independente da profissão ou das tarefas que precisam ser executadas, se no mínimo não tiver saúde e ao menos um “restolho” de energia. As relações estarão empobrecidas e a produtividade será comprometida.
E também não é mero acaso que doenças, como a Síndrome de Burnout, ansiedade e depressão estão alcançando índices avassaladores.
Por isso que o ócio pode ser produtivo!
Nem sempre ócio é negativo. É preciso entender que toda a máquina precisa de manutenção de tempo em tempo para ter vida útil longa. E conosco não é diferente.
Então, para uma vida longa e para ter saúde (física e mental) em dia, complete a sua lista de prioridades com: Ócio produtivo!
Podem ser alguns dias se puder, se não, um turno de vez em quando ou, ainda, poucas horas do final de semana. Alimente a sua mente com coisas que a façam rir, que proporcionam prazer e, claro, relaxamento.
Fica a dica: Descubra modos de recarregar as baterias para uma vida – de modo geral – mais produtiva!
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