Imagine você leitor em um universo paralelo, se as eleições de 1960 fossem hoje? O presidente Jucelino Kubitchek evita comentários nas redes sócias, apenas curte seus últimos dias de governo. Ele sobreviveu a duas tentativas de golpe de estado, mas deixou lá suas conquistas, aliás cinquenta anos em cinco. O líder nas pesquisas é o governador paulista Jânio Quadros, um populista conservador, popular, com cabelos sempre bagunçados e que adotou a vassoura como símbolo de sua campanha. Promete de fato, varrer a corrupção do país (pobre Jânio se vivo fosse, faltaria vassoura). Em segundo está o general da reserva Henrique Lott que tem como vice o ex ministro do trabalho, João Goulart. Lott não desiste da campanha, mesmo tendo poucas chances. Jango não liga, os deputados ei de separar os votos de presidente e de vice, de forma que ele pode ganhar sem o parceiro, então dessa forma está a descansar em sua fazenda, no Rio Grande do Sul. Em terceiro, distante, está o governador paulista Adhemar de Barros. Dizem que rouba muito, mas faz. Jango tem outra razão para estar de bom humor. Seu cunhado, que se diga, não é parente, deve se eleger governador do Rio Grande do Sul. É um tipo estourado chamado d Leonel de Moura Brizola. Bom de discurso e bom de redes sócias. Tem, porém, um concorrente de peso. É o futuro governador do Rio de Janeiro, Carlos Lacerda, que se tornou conhecido como blogueiro e hoje faz sucesso como podcaster. Todo mundo acha que os dois, Brizola e Lacerda, vão brigar pela presidência em 2026. O único lugar onde todos estão tranquilos é em Minas, onde faz campanha para retronar como deputado federal Tancredo Neves. O ex ministro da justiça é aposta de todos para presidir a Câmara Federal. E como diria o bom e velho barbudo, não Lula e sim Marx “a história acontece a primeira vez como tragédia e segunda se repete como farsa”.
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