COLUNAS - ECONOMIA


Previsões econômicas para 2024
02/01/2024 00:00:00

Já aviso aos leitores que este artigo não tem nada de otimista ou pessimista, mas sim indicadores concretos, divulgados pelas principais agências e consultorias da área econômica. Em relação ao cenário internacional, as tensões geopolíticas causadas pela guerra da Rússia contra a Ucrânia de Israel contra a Palestina e as tensões entre Venezuela e Suriname, as taxas de inflação global causarão, de um modo geral, retração ou recuperação lenta da economia mundial em 2024, com destaque para desaceleração do crescimento chinês, sendo a China um dos parceiros comerciais indispensáveis do Brasil, principalmente pela demanda de soja. A economia global deve desacelerar em 2024, com crescimento da ordem de 3%. Os Estados Unidos, a China e a Zona do Euro devem registrar crescimentos de 2,2%, 5% e 2%, respectivamente, neste ano. O país também tem oportunidades, como o reposicionamento das cadeias globais de suprimentos. Com a guerra na Ucrânia e as tensões geopolíticas, as empresas estão buscando diversificar seus fornecedores e reduzir sua dependência de países específicos. Isso abre oportunidades para o Brasil, que tem uma economia diversificada e uma força de trabalho qualificada. No caso da economia brasileira, as perspectivas são positivas, com expectativa de crescimento, de um PIB (Produto Interno Bruto), em 2023 de +2,92% (se confirmado esta projeção, coloca o Brasil entre as dez maiores economias do mundo, com US$ 2,13 trilhões) e 2024 +1,52%, fatores que emergem esta expectativa, vão desde o agronegócio a forte retomada do setor de serviços. Outo indicador a ser observado é o aquecimento do mercado de trabalho, que não deverá repetir o crescimento de 2023, mas seguirá mostrando ascendência, a retomada dos programas habitacionais, queda na taxa de juros e câmbio, que possibilita uma maior investimento e consumo, justificam esta análise. A inflação, medida pela IPCA (Índice de Preços do Consumidor Amplo), senda está a inflação oficial do país, calculada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), deve fechar 2023 em +4,46% e em 2024 +3,90% assim podemos afirmar uma estabilidade em relação aos preços praticados. O câmbio, que se refere a diferença entre o real e o dólar, deve ficar na casa dos R$: 5,00 (cinco reais), nem ruim para exportar e nem bom para importar mercadorias. Em relação à taxa de juros é que no primeiro trimestre de 2024, a mesma já alcançou um dígito, fechando o ano em 9% a.a, um alento para todo o mercado financeiro, desde que deve a juros e quem rentabiliza através deles. Ainda que os atores econômicos demonstrem cautela sobre 2024, é importante reconhecer que atravessamos este ano e saímos mais fortes, inclusive com uma reforma tributária das mais robustas aprovada, ganho real do salário mínimo após longo quatro anos que não ocorria e a retomada do emprego.  Ainda assim há muito caminho e muito trabalho pela frente até que o Brasil alcance a posição de destaque que merece.

 

Prof. Dr. Mateus Sangoi Frozza

Economista. Professor da Universidade Franciscana (UFN)

Ceo Frozza Consultores Associados 

 


Mateus Sangoi Frozza - Economista

Economista e Professor da Universitário.

Foi Coordenador dos cursos de Ciências Econômicas e Administração da Universidade Franciscana (UFN).

Secretário de Finanças no Município de Santa Maria (2019/2021).

CEO da Tride3 Consultoria e Treinamentos

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