COLUNAS - ECONOMIA


Teremos um carro elétrico nacional
22/03/2024 00:00:00

Tudo leva a crer, que em breve, teremos o primeiro carro elétrico nacional. Vou tentar explicar essa história ao leitor. O empresário capixaba Flávio Figueiredo Assis, tem o desejo de produzir seu próprio carro elétrico, essa inspiração se intensificou após vender sua administradora de cartões PAT (Programa de Alimentação do Trabalhador) em 2022 e acumular fortuna. O protótipo do carro elétrico brasileiro foi batizado de Lecar 459. O carro, que será capaz de rodar 400 quilômetros com uma carga completa de suas baterias, com preço estimado em R$: 200 mil reais. O projeto nacional segue acelerado, mas o primeiro desenho do Lecar 459 já mudou. O estilo sedã do primeiro protótipo está sendo substituído pela carroceria SUV cupê, como o Fiat Fastback e o BMW X4. O nome Lecar remete à antiga empresa de cartões de Assis, que se chamava Lecard. O número 459, segundo o empresário, faz alusão ao inventor e engenheiro Nikola Tesla (1856-1943), que era obcecado pelo número 369. Eis a lógica da escolha: em ambos os casos, a soma dos dois primeiros algarismos resulta em nove. O negócio é tocado com capital próprio. Assis diz que foram contratados 30 engenheiros, e 23 deles vieram da Ford. Há também funcionários com passagem por Nissan, Marcopolo e Gurgel. Em 2025, o empresário planeja fazer seu IPO (oferta inicial de ações, na sigla em inglês). Além da experiência com projetos de carros nacionais, um dos ex-funcionários da Gurgel —marca que chegou a produzir carros elétricos no país— tem ajudado Assis a ser cuidadoso em suas escolhas. “A Gurgel teve muito apoio da Volkswagen, por exemplo, mas verticalizou demais o negócio. ”. A Lecar tem sede em Alphaville, Barueri (Grande São Paulo), mas a linha de produção fica em Caxias do Sul (RS), que tem um polo automotivo consolidado. Foi lá que um Tesla Model Y foi desmontado, o que permitiu analisar as tecnologias empregadas. Além de entender como funciona o carro de Elon Musk, o empresário brasileiro quer copiar o modelo de vendas da empresa americana. A ideia é não ter concessionárias e vender os veículos de forma direta para os consumidores, em pequenos pontos de venda. Os planos de Assis preveem ainda a instalação de carregadores em rodovias e a disponibilidade para locação de longo prazo. O empresário espera lançar o carro no Brasil em dezembro, o que parece pouco factível diante dos prazos de desenvolvimento usuais no setor automotivo. Cada novo automóvel que chega às ruas passa por pelo menos três anos entre o projeto original e o início da produção. Mas Assis considera que sua empresa, por funcionar como uma startup, é mais ágil que as fabricantes tradicionais. “As grandes montadoras são transatlânticos, eu sou um jet ski.”. 

 


Mateus Sangoi Frozza - Economista

Economista e Professor da Universitário.

Foi Coordenador dos cursos de Ciências Econômicas e Administração da Universidade Franciscana (UFN).

Secretário de Finanças no Município de Santa Maria (2019/2021).

CEO da Tride3 Consultoria e Treinamentos

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