COLUNAS - ECONOMIA


As chuvas e a moralidade seletiva
03/05/2024 00:00:00

Adam Smith é conhecido na literatura econômica, como o “pai do capitalismo”, sendo um dos grandes expoentes do liberalismo econômico. Sua principal obra “Riqueza das Nações”, publicada em 1776, sempre foi um crítico das intervenções estatais na economia, defendendo que o mercado deveria ter liberdade de se autorregular. O que poucos sabem é sobre a Teoria dos Sentimentos morais de Adam Smith uma abordagem filosófica que explora a origem e a natureza dos sentimentos morais e éticos em seres humanos. Smith acreditava que a moralidade não era inata, mas sim desenvolvida através da observação empática das emoções e dos sentimentos dos outros. Ele argumentou que os indivíduos têm a capacidade de simpatizar com as experiências e emoções alheias, e que essa capacidade forma a base para o desenvolvimento de um senso de moralidade. Smith acreditava que, ao observar as ações e os sentimentos dos outros, as pessoas internalizavam essas perspectivas e, assim, desenvolviam um senso de certo e errado. Essa teoria enfatiza a importância das relações sociais e da empatia na formação da moralidade. Smith argumentava que a busca pelo reconhecimento e aprovação dos outros influenciava nossas ações, levando-nos a agir de maneira a corresponder às expectativas da sociedade. A Teoria dos Sentimentos Morais, Smith apresenta uma visão mais abrangente e complexa da natureza humana. Ele enfatiza a empatia como uma força fundamental na formação da moralidade. Smith sugere que os seres humanos têm a capacidade inata de simpatizar e compartilhar sentimentos com os outros, levando a uma sensibilidade aos sentimentos e necessidades alheias. Essa empatia é o que nos leva a formar laços sociais e desenvolver um senso de dever moral. Em resumo, a teoria dos sentimentos morais de Adam Smith propõe que nossa moralidade é moldada pela capacidade de nos identificarmos e nos relacionarmos com as emoções e os sentimentos dos outros, resultando em um sistema de valores compartilhados dentro de uma sociedade. Assim, caro leitor, o excesso de chuvas, estradas bloqueadas, cidades ilhadas, qual o nosso dever moral? Bem, arrisco-me a dizer: Tenha empatia, a dor do outro , um dia pode ser a tua dor, se você não precisar, não sai de casa, evite o turismo do curioso, você não precisa estocar água além do seu necessário  para o consumo, você não precisa abastecer o tanque de seu carro neste momento, se não for viajar, você não precisa fazer um rancho no mercado  pra deixar guardado em casa, lembre-se as chuvas começaram no final do mês e boa parte das pessoas se quer receberam seus salários e lembre-se não estamos numa corrida ,ou seja, não é sobre ganhadores ou perdedores, aliás estamos no mesmo barco se afundarmos vamos todos juntos. Você empresário, preze pela sua própria moral, não aumente o preço da água, da buffet, da gasolina, os exemplos lembrados são os da solidariedade, por mais que sua natureza humana seja egoísta, financista e solitária.

 

 

 

 

 


Mateus Sangoi Frozza - Economista

Economista e Professor da Universitário.

Foi Coordenador dos cursos de Ciências Econômicas e Administração da Universidade Franciscana (UFN).

Secretário de Finanças no Município de Santa Maria (2019/2021).

CEO da Tride3 Consultoria e Treinamentos

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