COLUNAS - ECONOMIA


O home office ainda tem espaço no cenário pós pandemia
17/04/2023 00:00:00

Big techs como Meta e Twitter, por exemplo, têm privilegiado cada vez mais modelos presenciais, que podem impactar empresas no cenário nacional; controvérsias podem se tornar um cabo de guerra entre empregador e empregado. Três anos após a eclosão de uma pandemia que obrigou as empresas a trabalhar em casa, o debate sobre o melhor estilo de trabalho continua incerto. Se por um lado há profissionais que se recusam a trabalhar em empresas que não permitem o trabalho remoto, por outro, executivos e empresários começam a se sentir incomodados com a falta de funcionários no ambiente empresarial. As desculpas incluem a perda do que se chama de fit cultural e até a redução do desempenho profissional. No exterior, o movimento é liderado pelas big techs. Mark Zuckerberg recentemente abalou a mídia social com um post sobre o futuro da Meta, um conglomerado que possui empresas de tecnologia como o Facebook - que ele fundou em 2004 - Instagram e Whatsapp. No texto ele listou os objetivos para 2023 em uma espécie de “carta aberta” aos empregados e explicou quais caminhos devem ser percorridos para uma virada “mais eficiente”, segundo o executivo. Além de cortes de empregos, redução do volume de contratações e cancelamentos de projetos de baixa prioridade, também incentivou os funcionários a encontrar mais oportunidades de trabalhar cara a cara com os colegas. Segundo Zuckerberg, tem a ver com produtividade. “Na nossa análise inicial, que vai exigir um estudo mais aprofundado, percebemos que os engenheiros que começaram a trabalhar conosco presencialmente depois modificaram para o modelo remoto e os que permanecer no escritório tiveram um desempenho melhor do que os que iniciaram a jornada remotamente.”, disse em comunicado. Essa mudança para o trabalho presencial focado na produtividade não é exclusiva do executivo. Após concretizar a compra do Twitter, Elon Musk eliminou o trabalho remoto e obrigou os funcionários – que ficaram após uma série de demissões, a estarem presença nas respetivas sedes – seja da rede social, seja Tesla (empresa de carros elétricos). No comunicado aos funcionários, ele teria dito que o home office já não é mais aceitável. Outro exemplo veio do mercado financeiro. O JP Morgan anunciou na quarta-feira, 12, que orientou seus diretores administrativos a trabalhem todos os cinco dias úteis da semana no escritório. Com isso, o banco encerra oficialmente o modelo híbrido de trabalho para os executivos administrativos, adotado pela instituição ao longo da pandemia de covid. No Brasil, o movimento também tem ganhado corpo. A XP Investimentos, por exemplo, já sinalizou que o modelo de trabalho à distância não tem ajudado a empresa. Em março, o fundador da companhia, Guilherme Benchimol, se encontrou com analistas do mercado e admitiu que contratou demais nos últimos anos e que o modelo de trabalho remoto prejudicou o desempenho da empresa. Na opinião do diretor executivo do PageGroup, Lucas Oggiam o home office será cada vez menos visto neste ano e nos próximos. Isso porque as companhias têm seguido para modelos de trabalho híbrido, com um, dois ou três dias em casa durante a semana, ou até mesmo regimes presenciais. Como algumas experiências podem ter sido negativas, por causa dessa falta de preparo e também de experiência, os empregadores agora querem voltar a uma realidade anterior à pandemia. “Muitos chefes não se sentem confortáveis com a gestão à distância, seja por insegurança em relação à tecnologia necessária ou até mesmo porque não se sentem confiantes de que o time vai efetivamente trabalhar e respeitar o horário”, explica Oggiam. E você leitor, é produtivo no trabalho home office? O seu trabalho tem que ser presencial? Ou a melhor solução é trabalhar no modelo híbrido?


Mateus Sangoi Frozza - Economista

Economista e Professor da Universitário.

Foi Coordenador dos cursos de Ciências Econômicas e Administração da Universidade Franciscana (UFN).

Secretário de Finanças no Município de Santa Maria (2019/2021).

CEO da Tride3 Consultoria e Treinamentos

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