COLUNAS - ECONOMIA


ChatGPT e o futuro da tecnologia
31/05/2023 00:00:00

Sim já conversamos com robôs. Todas as vezes que recebemos as insistentes ligações de vendas, quando vamos ao supermercado  ou quando um  “totem” nos entrega o cartão do estacionamento, nestes casos, tem um modelo matemático de inteligência artificial por trás desses relacionamentos. A moda da vez é ChatGPT. De acordo com, Sam Altman, presidente-executivo da OpenAI, a inteligência artificial será incorporada a produtos e serviços oferecidos por empresas, sendo está apenas uma das facetas da rápida – e, segundo ele, inevitável – popularização da inteligência artificial (IA). O executivo à frente da empresa que desenvolveu o ChatGPT traçou um painel bem mais amplo sobre os potenciais benefícios e riscos da revolução tecnológica desencadeada pela IA. Se por um lado Altman acenou ao público presente no Museu do Amanhã com a possibilidade de “cada estudante ter um professor [virtual] personalizado”, especializado, ao longo de toda vida, por outro o executivo destacou repetidas vezes a necessidade de regulação da IA, inclusive em nível internacional. A revolução em curso, no entanto, é “ímparável”, ressalta Altman, e não está acontecendo exatamente da forma como imaginávamos.“Se você perguntasse a especialistas nesse campo, cinco anos atrás, como o impacto [da IA] iria ocorrer, eles diriam que começaria pelo trabalho físico, como no caso dos caminhões autônomos”, enumerou o presidente da OpenAI, durante o painel o painel “O futuro da IA e o Brasil.”“ Depois [a substituição] chegaria ao trabalho cognitivo, primeiramente as tarefas mais fáceis e talvez eventualmente [atingiria] os programadores de computador: ‘Mas isto é realmente difícil e não vemos um robô fazendo isto’, [diriam eles]”, acrescentou. Por último, “ou talvez nunca”, conforme frisou Altman, ocorreria a substituição do chamado trabalho criativo. “O trabalho criativo seria o mais ‘seguro’ por mais tempo. E [a mudança] se deu em outra direção”, disse o executivo, ao tratar da dificuldade de se fazer previsões mesmo para o médio prazo. Num exemplo de como a inteligência artificial se infiltra em setores “criativos” tradicionalmente associados à imaginação humana, a startup Boomy permite a criação em segundos de canções originais utilizando recursos de IA. A boa notícia para quem considera a inteligência artificial como uma ameaça aos empregos existentes é de que, ao menos por enquanto, as ferramentas de IA são muito boas em cumprir tarefas, mas não em concluir um trabalho (ou projeto) inteiro, explicou Altman. “Daqui a 20 anos, vamos olhar para atrás, para esta preocupação com os empregos, e dizer: ‘Nós estávamos errados’”, relativizou o executivo.
É certo que algumas funções deixarão de existir e outras vão mudar radicalmente, admite ele, mas a produtividade dos trabalhadores tende a subir vertiginosamente, assim como a possibilidade de materializarem suas ideias e projetos com o auxílio de ferramentas de inteligência artificial. A visão otimista de Altman com relação ao impacto da inteligência artificial não diminui a veemência do executivo ao defender a regulamentação da tecnologia emergente: “O importante é termos padrões de segurança, auditorias externas e políticas governamentais para reforçar isto tudo”. Como exemplo da cautela adotada pela OpenAI, ele lembra que o desenvolvimento do ChatGPT foi finalizado em agosto de 2022, mas o chatbot só foi lançado no mercado em março deste ano. O intervalo de quase oito meses foi necessário para garantir a utilização segura do aplicativo.

 


Mateus Sangoi Frozza - Economista

Economista e Professor da Universitário.

Foi Coordenador dos cursos de Ciências Econômicas e Administração da Universidade Franciscana (UFN).

Secretário de Finanças no Município de Santa Maria (2019/2021).

CEO da Tride3 Consultoria e Treinamentos

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