Toda vez que você realiza uma busca na Internet, existe um processo atualmente de certa forma simplificado, porém que ainda demanda de algumas regras lógicas para atender aos seus questionamentos.
Os mecanismos de buscas atuais funcionam de forma similar, com algumas peculiaridades entre eles, mas o processo não muda muito. Todo o qualquer site que esteja “buscável” necessita cumprir determinadas regras para que o buscador o encontre e extraia dele as informações necessárias para que você receba a resposta o mais qualificada possível. O mesmo ocorre com as redes sociais.
Basicamente o que se faz é uma varredura de toda a estrutura do site e encontrando em seu código fonte (lembra do post anterior?) determinadas linhas que atendam às regras dos buscadores. Eles coletam estas informações e salvam em seus hercúleos bancos de dados a fim de catalogar estas informações e colocá-las num intrincado sistema de cruzamento e relevância de dados, ou seja, começa a “fase dois” da brincadeira: a inteligência artificial.
Imagine que você deseja saber por exemplo onde comer comida mexicana em Caçapava do Sul. Você muito provavelmente buscará com o termo “comida mexicana Caçapava do Sul”. O mecanismo de busca irá cruzar as informações “comida mexicana” e “Caçapava do sul” mediante relevância e proximidade. Você receberá uma lista de links com os nomes das empresas e um mapa do Google caso uma delas tenha algum investimento em publicidade.
Agora que a coisa começa a ficar séria. Muito se fala sobre o ChatGPT, mas o que é isso? O Chat GPT é um algoritmo baseado em inteligência artificial. Ele foi criado por um laboratório de pesquisas em inteligência artificial dos Estados Unidos chamado OpenAI, com sede em São Francisco, Califórnia. O nome Chat GPT é uma sigla para “Generative Pre-Trained Transformer” – algo como “Transformador pré-treinado generativo”. Isso significa que o usuário pode interagir com a Inteligência Artificial como se fosse um tipo de Alexa por texto, extraindo textos inéditos e elaborados de forma lógica e bastante coerentes do seu extenso banco de dados criados através da Internet. Uma abordagem mais humanizada, detalhada e qualificada do que apenas uma lista de links. O mais assustador é que baseado em sua resposta, a inteligência gera uma resposta como se estivesse conversando com você.
E mais ainda: ela aprende com a conversa e pode se adaptar à linguagem e ao estilo exigido. Ou seja, se 10 pessoas fizerem perguntas de forma diferente buscando o mesmo resultado, a inteligência vai saber se adequar e responder exatamente o que é necessário. A margem para má interpretação diminui ao passo que ela mesma cruza o modo que as perguntas são feitas e as correlacionam a um assunto.
Lembra da comida mexicana? Com o ChatGPT, o cenário seria algo como:
Pergunta: “Onde encontrar comida mexicana em Caçapava do Sul?”
E a resposta virá algo como: “Você encontrará comida mexicana em Caçapava do Sul em 4 restaurantes, mas o mais conhecido é o “Anda-Lê”[1] da proprietária Alessandra Doe[1] e o endereço é Rua Cinco, 1234 [1]. O prato principal é o Tacoçapava [1]...”
Você tem um detalhamento muito maior das informações. O sistema sabe qual é o local mais relevante, com mais movimento, pelo nome fantasia da empresa foi encontrada a razão social da mesma e dela se extraiu o nome da sócia majoritária e o prato mais pedido mediante algum comentário de cliente ou depoimento do site ou rede social. Pense na quantidade de informações guardadas e cruzadas qualitativamente para que esta resposta fosse formulada de forma automática e estruturada.
Quer mais? Você pode simplesmente pedir ao ChatGPT a receita de um taco mexicano e recebrá uma completa na tela, com todos os ingredientes e modo de preparo sem a menor cerimônia! Você pode virtualmente pedir qualquer coisa. Um passo a passo de como consertar telhados, qual melhor cola para determinado produto, que tipo de pneu é indicado para determinado veículo, enfim... as possibilidades são do tamanho da capacidade da tecnologia.
Você pode criar uma imagem de uma pessoa sentada num banco vendo o sol com gaivotas e tomando água de coco. Sim, tudo isso já é possível! Estúdios já estão criando cenários para animações gerados por inteligência artificial!
Com toda esta evolução, muitos questionamentos são levantados como principalmente a privacidade dos dados, como seremos identificados no futuro e como vamos lidar com os deep fakes (imagens e videos falsos gerados através de nossos rostos). Mas deixemos este assunto para um próximo post.
Quer testar esta tecnologia? Acesse aqui É necessário cadastro, porém devido a extrema demanda, pode ser que o serviço esteja temporariamente negando novos inscritos.
Por hora, saiba que toda e qualquer informação colocada na Internet está automaticamente alimentando um sistema que, novamente, se bem utilizado, pode nos ser muito útil.
A pergunta que fica é: todos estão com boas intenções?
Forte abraço e vamos refletir.
[1] = Nomes fictícios
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