COLUNAS - ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE


O frio chegou e com isto, atenção redobrada à saúde mental!
14/06/2023 00:00:00

Parecia até que ele não chegaria desta vez, uma sequência de dias quentes trouxe a impressão que não teríamos inverno neste ano. Mas, obviamente, ele tarde mas não falha!

                Há os adoradores da época mais fria, dos dias gélidos e até dos sombrios, que se encantam com as temperaturas baixas e sentem-se aconchegados durante esta estação. E há os que aturam o frio e praticamente ligam o modo sobrevivência até os primeiros ameaços de calor, como eu. Na nossa cidade, em especial, se contabilizarmos temos bem mais dias com temperaturas baixas do que altas, então, se torna uma prova de resiliência e uma necessidade psicológica adaptar-se, procurando conforto físico e emocional para viver bem durante estes períodos de menor incidência de calor e luz solar.

                E a preferência pelo calor ou pelo frio pode ser simplesmente uma preferência pessoal, que é extremamente normal que adoremos mais umas coisas às outras. Bem simples. Porém, pode ir além disto e tratar-se de algo que o nosso organismo e nosso aparato psicológico “funcionam” de maneira atípica, sendo fortemente influenciados pelo frio. E quando isto ocorre são notáveis as variações de comportamento, oscilações de humor e emoções que conforme a intensidade podem revelar a prevalência de um transtorno.

                Então, a depressão sazonal ligada ao inverno é uma psicopatologia pouco conhecida que atinge em maior número as mulheres e a partir dos 25 anos em média. Os sintomas são físicos, emocionais e comportamentais que acabam por acarretar em perda de qualidade de vida e bem-estar neste período. Estamos em um país tropical, mas como gaúchos que somos, apesar de bravos e aguerridos, nossa capacidade de inteligência emocional e saúde mental são testadas com o nosso inverno severo e longo.

                Nosso humor é influenciado por hormônios como a melatonina e a serotonina. Esses elementos também são relacionados aos níveis de depressão. Como a liberação cerebral dessas substâncias está condicionada a existência de luz solar, no inverno elas sofrem alterações e, quando isto acontece de forma muito intensa e frequente, os sinais da depressão sazonal aparecem. E são eles os principais: Alterações de humor e no padrão do sono (neste caso é importante identificar o que é preguiça de sair da cama ou tristeza ou apatia e desmotivação ou tendência ao isolamento social).

                Eu, particularmente, travo uma luta constante contra os dias frios e busco intensamente torná-los mais aprazíveis possíveis e, com isso, não adoeço e me mantenho realizando as minhas atividades ocupacionais, a interação com as pessoas e consigo também me autorregular emocionalmente. Não tenho depressão sazonal, ela e eu travamos uma batalha e tenho saído vencedora, portanto, nem todo mundo consegue fazer isto e tem sua vida, seu cotidiano, sua rotina... prejudicados, o que requer cuidado. A severidade dos sintomas e das mudanças no estilo de vida que ocorrem são diretamente proporcionais a necessidade de atenção e tratamento.

                Entendi que aquilo que não posso mudar preciso aceitar e contornar. Primeiro conhecer o transtorno, segundo reconhecer os sintomas, terceiro encontrar alternativas para dar conta e passar ileso (ou quase) pela estação mais fria e quarto, buscar ajuda especializada são passos fundamentais na prevenção e acompanhamento da depressão sazonal.

                Já parou para pensar como reage ao inverno? Avalie-se!

E uma ótima estação a todos nós, que tenhamos tudo que precisamos para aquecer o corpo e o coração!


Luciele Monteiro Osório - Psicóloga

- Especialista em Transtornos da Infância e a da Adolescência na Clínica Interdisciplinar
- Especialista em Psicologia Jurídica - Ênfase(s) em Família (s)
- Especializanda em Neuropsicologia

Formada em 2008 pela Unifra, desde então atua nas áreas da Psicologia Clínica e Organizacional. Além disso é mãe da Laís, sua melhor experiência prática do desenvolvimento infantil, esposa, filha, irmã, tia, do lar... Enfim, assume multi papéis, o que é típico da mulher da atualidade.

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