Diante de tudo que estamos enfrentando em nosso estado com as enchentes, inevitavelmente reflito sobre o que mais me sustentou em momentos de desafio.

Acreditar que há um propósito maior por trás de toda essa dor não é tarefa simples. Em meio à devastação, é natural questionar se algo além de nós, meros seres humanos, realmente existe como suporte em nossas vidas cotidianas. É natural sentir incertezas e até mesmo perder a fé.

Contudo, há momentos em que testemunhamos milhares de pessoas se dedicando para um bem maior, sacrificando suas próprias vidas para salvar outras. Ouvir alguém expressar gratidão simplesmente por estar vivo me faz refletir que, sim, há algo maior em que podemos confiar.

A fé, ou qualquer outra crença que escolhemos adotar, não nega a realidade da tragédia, mas nos oferece uma visão de resiliência e renovação. É como um sussurro suave nos lembrando de seguir em frente, mesmo quando tudo parece desmoronar ao nosso redor. Ela evidencia um laço que une comunidades, um conforto como um abraço e uma promessa de um amanhã melhor, mesmo em meio às sombras do presente.

Nas ruínas de uma catástrofe, a fé se manifesta não apenas como uma convicção religiosa, mas também como uma fé na capacidade humana de superação, na compaixão que floresce em meio ao caos e na certeza de que, mesmo nas situações mais adversas, há espaço para o amor e a esperança.

A fé não remove as dificuldades, mas nos dá forças para enfrentá-las com coragem e perseverança.

Um fraterno e carinhoso abraço!