Após anos na fila de adoção, me tornei mãe em 2024.
Meu texto de hoje é uma breve reflexão sobre ser mãe por adoção. Gostaria de ter compartilhado isso em maio, o mês que simboliza o Dia das Mães. No entanto, devido às circunstâncias difíceis que estávamos enfrentando em nosso estado, optei por escrever sobre a Fé naquele momento.
Foram anos de tratamentos e expectativas, e, ao mesmo tempo, o medo constante de receber uma ligação enquanto estávamos no meio do caos de viagens para hospitais, internações, consultas médicas e tantas outras situações desafiadoras. Essa jornada foi marcada por momentos de incerteza e esperança, por esperas e desilusões, mas também por uma profunda convicção de que o amor e a dedicação nos guiariam até o encontro com nosso filho ou filha.
A experiência de adoção é um caminho singular, repleto de emoções intensas e de uma preparação que vai além do físico, envolvendo o coração e a mente. Cada etapa desse processo nos fortalece e nos faz perceber que a maternidade é uma escolha consciente de amar e cuidar, independentemente das adversidades.
Apesar dos desafios, a recompensa é imensurável. Ser mãe por adoção é um testemunho de amor incondicional, uma prova de que a família é formada por laços de afeto e dedicação, e não apenas por genética. É uma jornada de resiliência e esperança, onde cada sorriso e cada conquista do nosso filho reafirma que todo esforço valeu a pena.
Vejo que ser mãe por adoção é uma das formas mais puras e sinceras de amor. Este é um vínculo que não se baseia em laços sanguíneos, mas em escolhas conscientes, carregadas de desejo e responsabilidade. A mãe adotiva escolhe amar, cuidar e criar uma criança, oferecendo a ela um lar cheio de carinho, segurança e oportunidades.
A jornada de adoção começa muito antes da chegada do filho ou filha. Envolve processos legais e emocionais, expectativas e, muitas vezes, a superação de obstáculos. Esse período de espera e preparação fortalece a decisão e o compromisso, tornando a chegada do filho adotivo um momento de alegria e realização, mesmo com inseguranças e medos.
O amor de uma mãe adotiva é construído dia após dia, em cada sorriso, em cada lágrima, em cada conquista e em cada desafio superado. É um amor que não conhece barreiras, que não distingue genética, mas que se enraíza no coração. Esse vínculo é formado pela convivência, pelo cuidado diário, pelas histórias compartilhadas e pelas memórias construídas juntas.
Ser mãe por adoção também significa enfrentar preconceitos e desinformação. Muitas vezes, a sociedade não compreende plenamente essa forma de maternidade e pode questionar a legitimidade do vínculo. No entanto, as mães adotivas sabem que o verdadeiro laço materno é feito de amor incondicional, paciência e dedicação.
Desejamos ensinar nosso filho que a família é formada por aqueles que escolhem amar e cuidar uns dos outros. Quero me tornar um exemplo de que o amor pode transcender a biologia e mostrar que a verdadeira maternidade está no coração, na dedicação e no compromisso diário.
Nós, mães adotivas, com nossas histórias de resiliência e amor, queremos demonstrar que ser mãe é muito mais do que dar à luz; é nutrir, educar e amar incondicionalmente. Lembrar que a verdadeira essência da maternidade está na capacidade infinita de amar e acolher, independentemente da origem.
Um fraterno e carinhoso abraço!
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