VARIEDADES
Gilberto Gil e família processam por danos morais padre que debochou de Preta Gil
14/10/2025 03:17:35

Gilberto Gil e sua família moveram uma ação judicial contra o padre Danilo César, da Paróquia São José, em Campina Grande (PB), após o religioso fazer declarações consideradas ofensivas sobre Preta Gil, morta em julho de 2025, aos 50 anos, vítima de câncer. O processo foi aberto na Justiça do Rio de Janeiro e pede uma indenização de R$ 370 mil por danos morais. As informações são do jornal O Globo.

Além de Gil, também assinam a ação sua esposa, Flora Gil, os filhos Nara, Marília, Bela, Maria, Bem e José, e o neto Francisco, filho de Preta Gil. De acordo com a família, as falas do padre ultrapassaram os limites da liberdade de expressão, atingindo a imagem e a memória da artista, bem como sua religiosidade. Segundo o colunista Lauro Jardim, os advogados afirmam que o discurso do religioso promoveu intolerância religiosa e desrespeito à dor da família em um momento de luto.

O episódio ocorreu no dia 20 de julho, poucas horas após ser divulgada a morte da cantora. Durante um sermão transmitido ao vivo pelo canal da paróquia no YouTube, o padre ironizou a fé da família, de matriz africana, fazendo comentários que, segundo os Gil, configuram deboche e discriminação.

“Deus sabe o que faz. Se for para morrer, vai morrer […] Qual o nome do pai de Preta Gil? Gilberto. [Ele] fez uma oração aos orixás. Cadê esses orixás, que não ressuscitaram Preta Gil? Já enterraram?”, disse o padre durante a pregação. O vídeo foi retirado do ar após denúncias e a abertura de um inquérito policial para apurar o caso.

A repercussão foi imediata nas redes sociais. Bela Gil, apresentadora e filha de Gilberto e Flora, usou o Instagram para criticar a fala do padre, chamando-o de “desrespeitoso” e afirmando que o episódio representava “um ataque à fé e à dignidade” de sua irmã. Diversos artistas e representantes de movimentos ligados à liberdade religiosa também manifestaram solidariedade à família Gil.

Preta Gil morreu em 20 de julho de 2025, aos 50 anos, em Nova York, onde fazia um tratamento experimental contra o câncer. Segundo familiares, ela havia decidido retornar ao Brasil, mas passou mal pouco antes do embarque. A cantora era conhecida por sua carreira musical, seu ativismo em defesa das minorias e o engajamento em pautas de diversidade e respeito às religiões de matriz africana.

 

 

 

 

 

Jornal O Sul

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