RIO GRANDE DO SUL
Como será o clima do Outono de 2024?
Assessoria: Farrapo
18/03/2024 17:07:18

Tendência é de chuva acima da média no Sul principalmente no Rio Grande do Sul, no Leste de Santa Catarina e no Paraná.

O outono de 2024, que começa a nesta quarta-feira, 20, no Hemisfério Sul, com o equinócio, caracteriza-se como uma estação de transição do calor do verão para o frio do inverno. A estação começa com o Oceano Pacífico ainda sob El Niño depois de vários anos em que o outono teve início ou sob a influência da La Niña ou em fase de neutralidade.

Na semana em que se inicia o outono, a anomalia de temperatura da superfície do mar no Pacífico Equatorial Centro-Leste está em 1,1°C, ou seja, na faixa de El Niño moderado (1°C a 1,4°C), mas há um mês esta área estava com anomalia de 1,5°C, sinalizando que o El Niño enfraquece e se encaminha para o fim.

Projeta-se um acentuado resfriamento no decorrer do outono das águas superficiais no Pacífico Equatorial junto aos litorais do Peru e do Equador, região que é denominada de Niño 1+2. Tal resfriamento deve impactar o clima no Sul do Brasil mesmo antes de um evento de La Niña estar maduro e declarado pelas agências internacionais de clima.

 

Chuva no Outono

Ao Sul do Brasil não há uma estação seca e outra chuvosa, como ocorre no Centro do país. Porto Alegre, por exemplo, tem média de precipitação de 120,7 mm em janeiro, no auge do verão, e de 112,8 mm, último mês do chamado outono meteorológico (março a maio).

Em junho, não raro, se produz na Região Sul, em particular no Rio Grande do Sul e no Leste de Santa Catarina, a atuação de frentes quentes, tipo de sistema meteorológico muito menos comum que as frentes frias e que são mais frequentes nos meses frios do ano. Quando estas frentes quentes se formam sobre o Rio Grande do Sul e parte de Santa Catarina costumam trazer altos volumes de chuva e ainda temporais com muitos raios e, principalmente, granizo.

Em 2024, a tendência é de um outono com chuva perto e acima da média em parte do Sul do Brasil. Somente no segundo dia do outono, em 21 de março, por efeito de uma intensa frente fria que chegará com temporais, muitas cidades gaúchas podem ter entre 15% e 30% da precipitação média histórica da estação inteira.

No decorrer da estação, a tendência é de chuva acima da média no Sul principalmente no Rio Grande do Sul e no Leste de Santa Catarina e do Paraná. Há risco de episódios pontuais de precipitação muito intensa, com elevados volumes, capazes de gerar cheias de rios, deslizamentos, alagamentos e inundações. 

 

Clima no outono tem mudança na temperatura

O clima no começo do outono tem condições ainda típicas de verão enquanto o final da estação já está compreendido no período mais frio do ano. A chegada do outono não significa, contudo, que o calor fica para trás. Dias quentes são normais ainda em abril e maio. Mesmo em junho podem ocorrer alguns dias quentes. Quando há período quente mais prolongado em maio após dias frios há a ocorrência do chamado veranico de maio, mas ele não ocorre todos os anos.

No Sul do Brasil, o outono tende a ter temperatura acima da média no Paraná e com possibilidade de desvios positivos de temperatura mais significativos no Noroeste e no Norte do estado. Santa Catarina e Rio Grande do Sul devem ter maior variabilidade na temperatura com marcas perto e acima da média, em geral, no estado catarinense. No Rio Grande do Sul, temperatura mais perto da média com possibilidade de desvios positivos menores mais ao Norte do estado e marcas perto ou abaixo da média em locais mais ao Sul.

Um outono todo frio é extremamente improvável, assim, no Sul do Brasil. Isso, contudo, não significa que vai deixar de fazer frio. Muito pelo contrário. A primeira metade da estação, como é comum no final de um El Niño, terá maior propensão para temperaturas acima da média. Já na segunda metade do outono espera-se uma frequência maior de massas de ar frio.

 

Outono tem aumento da frequência de ciclones

O vento forte costuma vir com ciclones extratropicais (sistemas de baixa pressão), fenômeno que se torna mais frequente justamente a partir do outono e que impulsiona o ar polar para o Sul do Brasil.

As rajadas quando há ciclones costumam variar, em média, entre 50 e 100 km/h, dependendo do posicionamento do sistema de baixa pressão. Em alguns casos mais extremos, as rajadas ultrapassam 100 km/h no Sul e no Leste gaúcho com fortes ressacas do mar na costa, danos e falta de energia.

Horas antes da mudança do tempo, atuam outro fenômeno que se chama correntes de jato de baixos níveis que costumam trazer vento Norte forte seco e quente com alta temperatura, especialmente na região de Santa Maria no caso do Rio Grande do Sul.

 

 

Correio do Povo

 

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