A visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Rio Grande, nesta segunda-feira, está gerando grande expectativa no município, principalmente entre aquelas pessoas que já trabalharam no polo naval. Lula estará no Estaleiro Rio Grande para assinatura de licitação para aquisição de quatro navios, em um negócio estimado em R$ 1,7 bilhão, que deve gerar ao menos 1,5 mil empregos. A notícia animou várias pessoas, como o motoboy Gilberto de Oliveira Domingues, de 48 anos. Ele conta que trabalhou no polo por empreitadas durante muito tempo, sendo o maior período, de seis anos, na Ecovix. “Já fiz trabalhos como caldeireiro, mecânico montador, montador de estrutura, lixador, entre outros, logo tenho experiência. Hoje consigo sobreviver como motoboy, pois praticamente tudo parou nesta área”, lamenta.
Domingues diz que já trabalhou até em uma fábrica de peixes, mas não perde a esperança. Ele acredita que a solenidade de segunda-feira, com a presença do presidente da República, representa a retomada do polo naval e do crescimento da cidade.
No ápice do funcionamento do polo naval, eram gerados 24 mil empregos, atualmente o número de pessoas que trabalham no estaleiro gira em torno de 300. “Caso se consiga novamente manter uma constância, irá melhorar muito a situação econômica não só de Rio Grande como da região”, opina o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Rio Grande e São José do Norte, Benito Gonçalves.
Segundo Gonçalves, além de 1,5 mil empregos nos próximos três anos, existe ainda a expectativa da obra de modificação da Refinaria Riograndense, que em breve deve passar a produzir biocombustíveis. “Serão outros 1,5 mil empregos também”, disse.
A prefeita de Rio Grande, Darlene Torrada Pereira, afirma que o ato desta segunda-feira traz esperança de retomada.
Darlene afirma que a construção dos quatro navios não é tudo, mas pode ser um recomeço. “Precisávamos começar de novo. Os números não são grandes em termos de trabalho, mas a representação quanto à capacidade é muito maior”, destaca, lembrando que, além dos quatro navios, há novos leilões e editais que devem ser publicados.
“Poderemos voltar a crescer. Não sei se nos mesmos moldes de 2013, mas o fato de ter um polo estruturado, funcionando na cidade já é positivo. Esperamos que seja um ciclo permanente de emprego e desenvolvimento, de novas empresas do setor que se instalem para atender as necessidades. É um início bem seguro”, afirma a prefeita.
Correio do Povo
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