RIO GRANDE DO SUL
Traumatismo craniano matou menino lançado da ponte pelo pai, aponta perícia
16/04/2025 11:44:48

A Polícia Civil de São Gabriel recebeu o laudo da necropsia do menino Theo Ricardo Ferreira Felber, de 5 anos, morto pelo pai no fim de março. Segundo o documento do Instituto-Geral de Perícias (IGP), a causa da morte foi traumatismo crânio-encefálico, provocado pela queda de cerca de 10 metros da ponte sobre o Rio Vacacaí.

De acordo com o delegado Daniel Severo, responsável pela investigação, o exame também identificou lesões no pescoço da criança compatíveis com esganadura. No entanto, os peritos concluíram que essas marcas eram anteriores à queda e não provocaram a morte.

As conclusões reforçam a linha de apuração já adotada pela polícia, que trabalha com a ocorrência de dois crimes: tentativa de homicídio - ocorrida na noite anterior seguida - e homicídio consumado. “As conclusões periciais confirmam a linha de investigação até agora adotada, que apontam para a ocorrência de uma tentativa de homicídio anterior em concurso com um homicídio consumado”, disse o delegado.

Ainda conforme Severo, o inquérito será finalizado e enviado ao Judiciário até o início da próxima semana. O delegado se manifestou apenas em nota enviada à imprensa e informou que, por conta de outras agendas, não dará entrevista.

Entenda o caso

O crime ocorreu no dia 25 de março, quando Tiago Ricardo Felber, de 40 anos, jogou o filho da ponte sobre o Rio Vacacaí e, horas depois, se apresentou à polícia. Ele continua preso, em uma penitenciaria que não foi informada por motivos de segurança, desde a data do ocorrido.

Segundo a polícia, o homem relatou que praticou o homicídio porque pretendia se vingar da ex-companheira, com quem rompeu o relacionamento em novembro. O término, segundo a investigação, teria sido o principal motivador do assassinato.

O casal havia se mudado para São Gabriel em 2020 para ficar próximo da irmã de Felber, mas, segundo o depoimento da mulher, a mudança resultou no afastamento dela da própria família. Além disso, ela também relatou insatisfação com problemas financeiros.

Mesmo com histórico possessivo, o único caso de violência registrado por ela contra o ex-companheiro ocorreu durante o período de mudança, quando ele chegou a quebrar bens dentro de casa. A mulher registrou um boletim de ocorrência online, mas optou por não dar continuidade ao processo.

Apesar da situação que motivou a mulher a dar fim ao relacionamento, a separação era vista por Felber como “imotivada e surpreendente”, o que lhe teria causado um grande “trauma”. Com término da união, a mulher e a criança se mudaram para Nova Hartz, no Vale do Sinos.

 

 

Correio do Povo

 

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