A segunda-feira em Israel e na Faixa de Gaza começou com uma nova ofensiva do exército israelense e do Hamas. Segundo informações da rede de notícias norte-americana CNN, o exército israelense realizou ataques aéreos contra ao menos 130 alvos do Hamas nas últimas três horas.
Por outro lado, o grupo terrorista também segue a sua ofensiva, enviando foguetes para o território de Israel. Na cidade de Tel Aviv é possível ouvir os impactos de bombas. Algumas explosões reverberam pelo restante da cidade, enquanto o sistema de defesa continua interceptando os foguetes.
Um dos objetivos de Israel ao combater os militantes do Hamas é remover o grupo do poder na Faixa de Gaza, afirmou o porta-voz das forças de Defesa israelenses, Jonathan Conricus.
Os comentários, publicados no X (antigo Twitter), pareciam ir mais longe do que as do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. No domingo, dia 8, Netanyahu disse seu gabinete de segurança tomou a decisão de destruir a capacidade do Hamas de governar de uma forma que representasse uma ameaça aos civis israelitas.
Mil militantes do Hamas participaram do ataque inicial e sem precedentes a Israel no sábado, 7, disse Conricus. "É de longe o pior dia de Isael", afirmou.
Inteligência falhou
A incapacidade dos serviços israelenses de Inteligência de prevenir a sangrenta ofensiva surpresa do Hamas obedece a uma incompreensão total do movimento islâmico palestino, afirmam especialistas.
Israel foi surpreendido na manhã de sábado (7), quando o Hamas disparou milhares de foguetes, da Faixa de Gaza, onde governa, e infiltrou mil combatentes em solo israelense, deixando pelo menos 700 mortos e capturando mais de 100 pessoas.
O Exército enviou, para o sul, dezenas de milhares de soldados, que continuam a lutar contra os islâmicos, e os seus aviões bombardearam centenas de alvos na Faixa, deixando pelo menos 560 mortos, de acordo com o último balanço oficial.
"Trata-se de um enorme falha do sistema de Inteligência e do aparelho militar no sul" do país, no limite com Gaza, destaca o general reformado Yaakov Amidror, conselheiro de Segurança Nacional de Israel de 2011 a 2013.
Mas, para além do fracasso dos serviços de Inteligência em detectar este ataque minuciosamente preparado, a ideia que as autoridades israelenses têm do Hamas é totalmente equivocada, disse esse general à imprensa.
"Cometemos um erro monumental, e eu me incluo, ao acreditar que uma organização terrorista poderia modificar seu DNA", acrescenta Amidror, que é pesquisador no Instituto de Estratégia e Segurança de Jerusalém. "Nossos amigos ao redor do mundo nos disseram que (o Hamas) estava se comportando de maneira mais responsável, e fomos tão estúpidos que acreditamos nisso", completou.
Correio do Povo
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