Pesquisas eleitorais!

É incrível, mas mais uma vez os erros foram enormes nas pesquisas eleitorais no pleito da Argentina. No primeiro turno tudo indicava que Milei ganharia e aí surgiu a votação surpreendente de Massa. Já no segundo turno elas apontavam que estava muito parelho e que seria voto a voto. Logo nos primeiros momentos da apuração tudo caiu por terra, pois os votos demonstravam uma vitória esmagadora de Milei. Tudo ficou tão claro que na primeira hora o candidato Massa jogou a toalha e parabenizou o novo presidente. A vitória foi acachapante, mais de 11% de diferença. Este foi mais um erro dos institutos de pesquisa que estão se tornando memes e piadas. Hoje a confiabilidade destas pesquisas é próxima de zero. Seria hora deles repensarem a metodologia e procedimento para ver onde estão acontecendo os erros. Se isto permanecer assim o mercado se encarrega de sepultá-los. Os sinais são evidentes. Cuidado!

Muda Argentina!

A vitória de Javier Milei na Argentina significou uma mudança radical no modelo de gestão. Antes o modelo na administração pública era socialista onde o Estado era o todo poderoso, lutando por ser cada vez maior. Os dados atuais indicam que mais de 40% da população são dependentes da ajuda direta do governo e o desemprego é de mais de quarenta por cento. A dívida pública é de mais de 480 bilhões de dólares e as reservas cambiais estão negativas. No que se refere a inflação os números são terríveis. Hoje o índice anda em torno de 150% e a previsão é de que em março ultrapasse os 300%. Um governo populista que inundou a economia com subsídios em troca de sustentação no poder.

E agora, Milei?

A grande pergunta é como alterar todo este quadro de terra arrasada? O Presidente eleito é um economista com ideias liberais que promete privatizar tudo que for possível e fazer com que a economia conviva unicamente dentro das leis de mercado com um processo democrático. Apontou que a primeira empresa a ser privatizada é a petroleira YPF, seria a nossa Petrobras e acabar com os veículos de comunicação estatal, rádio, televisão, etc. Os subsídios, que são muitos, serão diminuídos e já na sua posse o número de ministérios passarão de 18 para apenas oito. Fala em dolarizar a economia e fechar o Banco Central. A sua missão de diminuir o Estado é bastante difícil e para realizá-la vai precisar de um forte apoio político pois tem minoria entre deputados e senadores. É uma mudança de 360 graus que necessita tempo e apoio. Esta mudança de regime socialista para liberal terá que ser absorvida aos poucos, pois na verdade ele deve encontrar grandes dificuldades para realizar mágicas.

Uma coisa é certa: a Argentina está mudando!  

Pense.

Acredite que você pode, assim você já está no meio do caminho.

Economista Harri Goulart Gervásio.