A projeção de reajuste médio das mensalidades escolares das particulares gaúchas para o próximo ano é de 9,15%. O índice resulta da pesquisa anual do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Privado do RS (Sinepe/RS), realizada entre 24/9 e 7/10, com a participação de 174 escolas associadas, de todas as regiões do Estado, representando 57% dos associados do Sindicato.

Conforme o Sinepe, a variação acompanha o aumento de custos das instituições, previsto em 9%, para 2026. Outro dado apontado pela pesquisa é a expectativa de crescimento no número de alunos. Para 64,9% das escolas respondentes, deve ocorrer um aumento próximo a 3% nas matrículas para 2026.

O presidente do Sinepe/RS, Oswaldo Dalpiaz, explica que o valor da mensalidade é definido a partir da planilha de custos da escola. Assim, o reajuste varia de instituição para instituição, de acordo com as peculiaridades e despesas específicas.

“A realidade individual de cada instituição de ensino é o que determina essa oscilação. Se a escola realizou investimentos robustos, como montagem de um novo laboratório ou ampliação do prédio, é esperado que o reajuste seja mais alto do que o de uma escola que não precisou fazer esse tipo de investimento ou melhoria”, revela o dirigente. Ele acrescenta que além dos custos escolares administrativos fixos existe um aporte significativo para adequar as escolas às novas tecnologias e metodologias de ensino. E, ainda, aplicação de recursos para o atendimento de alunos da Educação Especial, como em materiais e monitores.

O estudo aponta que os maiores impactos no orçamento das escolas privadas são despesas com: pessoal; infraestrutura física; investimento em tecnologia; e contas públicas (como água e luz).

A contratação de monitores para o atendimento da Educação inclusiva já consta como o 3° maior custo da escola, conforme mostra a pesquisa.

Reportagem Correio do Povo