AGRO
Chuva irregular aponta para disparidades na soja
17/03/2025 11:11:48

Depois do anúncio na Expodireto Cotrijal, no dia 11 de março, de que a safra de grãos do Rio Grande do Sul vai ter quebra por conta dos problemas climáticos, especialmente sobre a soja, a Emater/RS-Ascar divulgou na quinta-feira, dia 13, que mesmo com chuvas registradas nos últimos 10 dias, regiões como o Nordeste e o Planalto Médio gaúchos seguem com estresse hídrico e térmico.

O Informativo Conjuntural da Emater indica que a colheita do grão segue em ritmo lento, por volta dos 5% da área semeada, superior a 6,7 milhões de hectares no Estado (menor que a expectativa inicial, de 8 milhões de hectares).

Outros 33% estão em maturação, 48% em enchimento de grãos, 12% em floração e 2% em germinação e desenvolvimento vegetativo. “Os resultados preliminares confirmam a grande variabilidade no potencial produtivo, influenciada pelo volume de chuvas ao longo do ciclo, pela época de semeadura e pela resposta característica de cada cultivar”, diz o documento.

As chuvas de distribuição irregular, registradas no final de fevereiro e no último dia 9 de março, beneficiaram cultivos de soja naquelas regiões onde os volumes foram adequados. Nesses locais, foi observado pelos técnicos da Emater a recuperação da turgescência foliar (absorção da água pelas plantas) e a interrupção dos danos fisiológicos decorrentes do déficit hídrico anterior.

Nos últimos dias, os produtores prosseguiram as aplicações de fertilizantes para estimular o desenvolvimento vegetativo nos cultivos que foram implantados tardiamente. Em lavouras estabelecidas em dezembro, o foco foi a aplicação de reguladores fisiológicos para fixação de vagens e otimização do enchimento de grão. A produtividade média nas lavouras da soja caiu do inicialmente projetado em 3.179 quilos por hectare, para 2.240 quilos por hectare. A escassez hídrica também ocasionou redução na produção, estimada 15,07 milhões de toneladas, 17,4 menor que a da safra passada.

A colheita do milho se aproxima dos 70% da área plantada, mas progride devagar, uma vez que os produtores estão privilegiando o corte nas as áreas com o arroz e a soja. Em decorrência da estiagem, a produtividade foi reestimada pela Emater para 6.866 quilos por hectare, correspondendo a uma queda de 3,5% nos 7.116 quilos por hectare projetados na época de plantio. Mesmo assim, o ganho de produtividade no milho é 21,6% maior se comparado à safra 2023/2024.

A implantação da segunda safra do feijão teve recuo também em razão da falta de chuvas durante a janela ideal plantio e à baixa recarga hídrica dos reservatórios, impedindo a irrigação. Ao mesmo tempo, a queda de preços do grão nos últimos meses tirou o estímulo para a semeadura.

 

 

Correio do Povo

 

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