POLÍCIA
Mãe de gêmeas mortas no Interior gaúcho forjou acusação de estupro contra o marido, diz polícia
21/10/2024 09:20:13

Considerada a principal suspeita de ter matado as duas filhas gêmeas, Manuela e Antônia Pereira, de 6 anos, em um intervalo de oito dias, Gisele Beatriz Dias, 42 anos fez uma falsa acusação de estupro contra o pai das garotas. O caso ocorreu em Igrejinha, no Vale do Paranhana, distante cerca de 90 quilômetros de Porto Alegre.

O homem não é investigado pelos assassinatos e a acusação de crimes sexual contra ele foi arquivada. Gisele está presa temporariamente sob suspeita de envolvimento nos crimes. A prisão tem prazo de 30 dias. A informação foi divulgada pelo delegado Ivanir Caliari, que é o responsável pelas investigações sobre o caso.

“Verificamos que no ano passado foi registrada uma ocorrência de estupro, feita pela mãe, acusando o pai [das crianças] de ter cometido abuso sexual contra as meninas”, afirmou o delegado.

Segundo Caliari, essa denúncia foi feita em um momento em que o casal estava separado e o pai tinha a guarda das gêmeas.

“No curso do inquérito, foi possível verificar, através da perícia do IGP [Instituto-Geral de Perícias], que as meninas foram induzidas a afirmar tal estupro cometido pelo pai”, acrescentou Caliari.

Segundo o delegado, Gisele admitiu que fez a falsa denúncia com o intuito de ficar com a guarda das filhas. Ele destacou também que, segundo testemunhas, a mãe das meninas apresentava uma “conduta perversa”. Uma outra filha do casal prestou depoimento e, de acordo com Caliari, “disse que não duvidava que ela [a mãe] fizesse algum mal às suas irmãs, tendo em vista sua conduta ao longo de sua convivência com ela”.

“Ela presenciou fatos diversos que levam ela a não duvidar que ela tenha feito algum mal para suas irmãs”, acrescentou.

“Verificamos através do depoimento da filha que a mãe tinha por conduta colocar remédio na comida do pai, misturar remédio, para que ele dormisse sempre que ela tivesse com algum desagrado em relação a ele”, complementou o delegado.

Três meses antes das mortes das meninas, três gatos da família delas foram mortos sem uma causa aparente. A polícia investiga se há relação entre os casos.

“Os gatos apareceram mortos misteriosamente no interior da casa sem causa justificada, sendo que os gatos eram domésticos e não saíam para a rua”, disse o delegado. “Essa questão do envenenamento dos gatos coloca um ponto de interrogação se tal fato não ocorreu com o intuito de fazer um planejamento para uma posterior intoxicação das meninas”, disse Ivanir Caliari.

Entenda
No dia 7 de outubro, Manoela Pereira passou mal enquanto dormia. A menina chegou a ser levada a um hospital, mas não resistiu e morreu. Na terça-feira (15), Antônia morreu da mesma forma, no hospital, após sofrer uma parada cardiorrespiratória enquanto dormia.

No dia seguinte Gisele foi presa. A polícia suspeita que ela tenha envenenado as filhas. A causa das mortes, porém, só será esclarecida quando o laudo ficar pronto. O que chamou a atenção da polícia foi o fato de as duas mortes terem ocorrido de maneira semelhante. Além disso, as garotas não tinham problemas relevantes de saúde.

De acordo com as investigações preliminares, não havia sinais aparentes de violência nos corpos das irmãs. O médico que atendeu as meninas nas duas ocasiões também foi ouvido pela polícia.

 

 

Jornal O Sul

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