Um erro muito comum entre gestores seja ele público ou privado é deixar os conceitos acadêmicos “de lado” e trabalhar tendo como base o achismo. Por isso, cabe a academia, esclarecer, articular, fomentar, de como os conceitos desabrocham dos livros e da sala de aula para a comunidade. O termo economia criativa apareceu em 2001 no livro de John Howkins sobre relacionamento entre criatividade e economia. Para Howkins, “a criatividade não é uma coisa nova e nem a economia o é, mas o que é a nova é a natureza e a extensão da relação entre elas e a forma como combinam para criar extraordinário valor e riqueza”. Howkins emprega o termo economia criativa de forma ampla, abrangendo a indústria criativa que vai desde as artes até os maiores campos de ciência e da tecnologia. A conferência das Nações Unidas sobre o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), elaborou um modelo que classifica as indústrias criativas em quatro eixos, que são: patrimônio, artes, mídia e criações funcionais. Desta forma, o eixo do patrimônio inclui, expressões culturais tradicionais e sítios culturais. O eixo das artes engloba, artes visuais e artes dramáticas. O eixo da mídia, audiovisual e publicidade e mídia impressa. E, o eixo das criações funcionais abrange design, novas mídias e serviços criativos. Assim, todos os empregos e ocupações que se relacionam a esses setores são considerados como ocupações criativas. É importante ressaltar que muitos dos setores criativos não se submetem às leis tradicionais do mercado, ou seja, estes setores não têm por característica “movimentar” o Produto Interno Bruto (PIB), ou ser alternativa de geração de emprego, pelo fato que a economia criativa se constitui como uma forma de inserir muitos dos profissionais, ligados a diversas áreas, numa economia sobretudo sustentável. Em relação aos conceitos apresentados, o município de Santa Maria já é referência em economia criativa. Este fato ocorre justamente pela presença das instituições de ensino, o que torna o ambiente favorável à interação, cooperação, troca de conhecimento e novos negócios e iniciativas de capital criativo. Tenho certeza, que as Universidades e faculdades do município estão capacitadas para auxiliar, preparar e desenvolver ainda mais a economia criativa no município visto que os profissionais da economia, arquitetura, design, publicidade, tecnologia também são formados no ambiente acadêmico e são fundamentais neste processo. A economia criativa, de forma breve, pode ser entendida como é uma maneira de criar um produto ou serviço, com valor simbólico e de capital criativo, servindo como uma ferramenta para o desenvolvimento econômico e social.
Prof.Mateus Sangoi Frozza
*Economista, consultor e professor da Universidade Franciscana (UFN).
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