A expectativa média de vida dos brasileiros em 2022 foi estimada em 75,5 anos de idade, sendo de 72 anos para os homens e 79 anos para as mulheres. As informações foram divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira, juntamente com as Tábuas de Mortalidade para o ano de 2022, calculadas com base nos dados obtidos no censo demográfico daquele ano. O estudo indica que a pandemia de Covid-19 reduziu a evolução etária.
Na expectativa de vida calculada pelo instituto em 2018, o País alcançaria os 77,2 anos em 2022. A quantidade de óbitos registrados durante o pico da doença baixou o índice para 75,5 anos. A média é maior que a dos anos de 2020 (74,8 anos) e 2021 (72,8 anos), mas inferior ao ano de 2019 (76,2 anos), também anterior à pandemia. Os números aferidos ano a ano vinham sendo registrados muito próximo da estimada em 2018 pelo IBGE (com base nos dados do censo de 2010).
Em 2019, por exemplo, enquanto a estimativa anterior apontava 76,5 anos, a aferida ficou em 76,2 anos. Já nos anos de pandemia, a diferença observada foi maior, de 76,7 anos para 74,8 anos, em 2020, e de 77,0 anos para 72,8 anos, em 2021, no auge da Covid-19.
De acordo com o pesquisador do IBGE, Márcio Minamiguchi, os dados divulgados nesta oportunidade ainda refletem os números da pandemia, mesmo que o ano de 2022 já tenha sido um momento de relaxamento das medidas restritivas de segurança. “Em 2022, a estimativa sobe em relação a 21, mas não retorna aos níveis próximos do que vinha à série anterior", colocou.
A taxa de expectativa de vida é um indicador que sintetiza os óbitos ocorridos em um ano, segundo o professor. Minamiguchi ainda explicou que, de forma resumida, a expectativa de vida informa que, se uma criança nascida viva em 2022 fosse exposta durante toda a vida aos “riscos” vivenciados naquele ano, viveria, em média, até os 75,5 anos.
Minamiguchi ainda relatou que os novos dados obtidos a partir do censo de 2022 são uma grande oportunidade para que o IBGE ajuste as taxas de crescimento de expectativa de vida que o Brasil está obtendo. “O Censo é o momento de pensar nas novas projeções para a próxima década. Há um desafio neste contexto, porque, depois de uma crise, como foi a pandemia, a gente espera que a expectativa de vida volte a subir nos níveis pré-pandemia. Quando olhamos para o passado, o Brasil veio em um rápido crescimento das idades, mas a gente chega agora em um momento em que o aumento tende a ser menor”. disse Minamiguchi.
Brasil em comparação com outros países
As Tábuas de Mortalidade também trazem uma comparação dos números do Brasil com de outros países do mundo. Neste ano, a comparação foi feita com Austrália, Costa Rica e México.
De acordo com o pesquisador do IBGE, Márcio Minamiguchi, os critérios para escolha dos países são: Austrália por ser um país desenvolvido, Costa Rica por ser um país da América Latina com boa assertividade da coleta de dados e México por ter vários indicadores historicamente semelhantes aos do Brasil.
O texto traz em sua conclusão a perspectiva de que a esperança de vida ao nascer siga aumentando nos próximos. No entanto, o pesquisador Minamiguchi relembra que existe a possibilidade de que o ritmo de crescimento das idades da expectativa de vida cresça em um ritmo mais lento que o registrado anteriormente — observação comum em diversos países do mundo com índices semelhantes aos do Brasil.
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