A Indústria de Transformação do Rio Grande do Sul cresceu 4,9% no primeiro semestre de 2025. No total, as vendas externas somaram US$ 7,7 bilhões, um acréscimo de US$ 362 milhões em relação ao mesmo período de 2024.
De acordo com o levantamento, o crescimento foi impulsionado por aumento de 13% nos preços das exportações, o que compensou a retração de 5,7% na quantidade média embarcada. Os dados foram divulgados pela UEE (Unidade de Estudos Econômicos) do Sistema Fiergs nesta quinta-feira (17).
“O resultado é bom. Tivemos algumas dificuldades pontuais no primeiro semestre que foram superadas, como a gripe aviária, que afetou o segmento de abate de aves. Por outro lado, tivemos um crescimento sólido em outros segmentos, como o de tabaco. Apesar disso, o ideal seria que, além do aumento no preço, também conseguíssemos alavancar a produção, o que não tem ocorrido”, avalia o presidente do Sistema Fiergs, Claudio Bier.
Para os próximos meses, diz Bier, é preciso acompanhar de perto os desdobramentos das taxações americanas, que trazem muita preocupação para a indústria gaúcha.
Os meses que mais contribuíram para o resultado positivo foram junho, com aumento de 1,8 ponto percentual (p.p), e janeiro (1,5 p.p.). Abril (-1,1 p.p.) foi o único mês com desempenho negativo. Em junho, houve crescimento de 10,5% na receita em relação a maio.
O aumento das exportações no primeiro semestre de 2025 atingiu 16 dos 23 segmentos analisados: veículos automotores (1,6 p.p.), máquinas e equipamentos (1,5 p.p.) e tabaco (1 p.p.) foram os principais responsáveis pelo avanço. Em contrapartida, celulose e papel (-0,8 p.p), madeira (-0,6 p.p) e produtos de metal (-0,2 p.p) apresentaram queda. Alimentos permaneceu estável (-0,1 p.p.) mesmo com os impactos da gripe aviária.
As importações também registraram crescimento nos primeiros seis meses deste ano, com alta de 11% em comparação ao mesmo período do ano passado, totalizando US$ 6,51 bilhões. A Indústria de Transformação, com alta de 19,2%, foi o destaque nas importações, impulsionada especialmente pelo segmento de químicos (26,3%). As compras tiveram origem, principalmente, do Marrocos.
Jornal O Sul
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