A Emater utilizou o plenário da Câmara de Vereadores para apresentar o diagnóstico das comunidades Guarani no Rio Grande do Sul, um estudo amplo realizado pelos extensionistas rurais sociais e agropecuários da instituição, em parceria direta com as famílias e lideranças indígenas.

Profissionais da Emater trabalharam em diálogo permanente com as lideranças de 62 aldeias distribuídas em 36 municípios gaúchos. O estudo buscou compreender, com profundidade, a realidade cotidiana dessas comunidades, suas necessidades, desafios e potenciais.

O diagnóstico revela não apenas a diversidade cultural e a riqueza socioterritorial dos povos Guarani, mas também evidencia múltiplas vulnerabilidades enfrentadas por essas populações. Entre elas, estão dificuldades de acesso a serviços essenciais de saúde, educação, infraestrutura básica, além de questões relacionadas à territorialidade, segurança alimentar e à preservação cultural.

O estudo oferece uma base atualizada para a formulação de ações governamentais que respeitem os direitos assegurados em lei e considerem as especificidades de cada comunidade, contribuindo para políticas públicas mais eficazes e sensíveis às necessidades dos povos Guarani.

O objetivo da pesquisa é que o resultado sirva como instrumento de transformação e de escuta permanente, incentivando que as autoridades, em todas as suas instâncias, assumam o compromisso de caminhar ao lado dos povos indígenas, garantindo-lhes voz, vez e os direitos que historicamente lhes foram negados.

Além dos profissionais da Emater e dos representantes indígenas, prestigiaram a apresentação os vereadores Jussarete Vargas (PDT), Antonio Almeida Filho (Lelo – MDB), Thiago Freitas (PSB), Ricardo Rosso (PP), e a Secretária de Desenvolvimento Social e Trabalho, Cristina Osório Spode.

A presença de gestores e parlamentares reforça a importância de ampliar o debate público sobre a situação dos povos indígenas no Rio Grande do Sul.

Texto: Tisa de Oliveira

Foto: Nicolas Rosa