Por trás das paredes frias e janelas embaçadas, um inimigo já começa a se instalar nas casas gaúchas com o inverno se aproximando: o mofo. E ele não vem sozinho. Traz tosses persistentes e crises respiratórias.
Com a chegada dos meses mais frios, o aumento da umidade relativa do ar e a necessidade de manter portas e janelas fechadas criam o ambiente perfeito para a proliferação de fungos. O mofo, que se esconde em cantos escuros e paredes mal ventiladas é um risco à saúde.
O mofo libera toxinas no ar que, ao serem inalados, podem desencadear ou agravar problemas respiratórias.
A médica pneumologista Caroline Freiesleben, do Hospital São Lucas da PUCRS, destaca a importância de atenção especial aos pacientes que, devido a condições pré-existentes, podem ser mais vulneráveis aos efeitos do fungo.
"Deve ser mantido o tratamento com as medicações de inalar conforme foi prescrito pelo médico todos os dias, mesmo que o paciente não tenha sintoma. A fim de evitar que quando a gente inalar essas partículas, a inflamação aumente e faça uma crise grave da doença", explica Caroline.
A profissional recomenda ficar atento aos sinais do corpo: tosse persistente por mais de 15 dias, cansaço excessivo, chiado no peito e até queda na oxigenação do sangue.
Como lidar com o mofo
Para que as paredes mofadas sejam limpas, a pneumologista Caroline recomenda água sanitária.
No entanto, o problema começa muito antes da primeira mancha de mofo aparecer: ele nasce no projeto arquitetônico.
"É importante a gente ter aberturas em locais diferentes, em locais mais altos, longe do nível do usuário, para que ele consiga ter essa ventilação cruzada e ter essa questão do sol, de impedir o mofo de chegar", comenta Daniela.
Ela também recomenda o uso de tintas anti-mofo, principalmente em superfícies laváveis, que facilitam a manutenção e evitam o acúmulo de umidade.
G1
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