Criminosos que agiam no litoral Norte do Rio Grande do Sul e em Santa Catarina foram alvo da "Operação Turrim", deflagrada nesta terça-feira por 250 agentes da Polícia gaúcha. A ação, que ocorre em 18 municípios dos dois estados, conta ainda com o apoio do Ministério Público e de policiais catarinenses.
Ao todo, as diligências abrangem 140 medidas cautelares, entre prisões preventivas e temporárias, mandados de busca e apreensão, sequestro de veículos e bloqueios de contas
Foi determinado, no escopo da operação, o cumprimento simultâneo de 65 mandados de prisão em Porto Alegre, Cachoeirinha, Alvorada, Viamão, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Lajeado, Campo Bom, Estância Velha, Capão da Canoa, Morrinhos do Sul, Torres, Três Cachoeiras, Mampituba, e nos municípios catarinenses de Praia Grande, Passo de Torres, Araranguá e São João do Sul.
Até o final desta manhã, a operação somava 53 prisões e 43 armas apreendidas, além do bloqueio de 24 contas bancárias e da apreensão de quatro veículos de luxo. Segundo o delegado Marcos Vinicius Veloso, estão sendo combatidos delitos de tráfico de drogas, associação ao tráfico, associação criminosa armada, porte ilegal de munições e armas de fogo, posse irregular de armas de fogo e corrupção de menores. Ainda segundo ele, os investigados tem ligação com pelo menos cinco homicídios.
"A Investigação foi iniciada em abril de 2022, após um duplo homicídio. A partir de então, foi verificado a existência de uma grande associação criminosa que agia nossa cidade", declarou o titular da Delegacia de Polícia de Torres. Dois dos presos na ofensiva eram empresários, do ramo imobiliário e de gastronomia. Conforme o delegado Rafael Liedtke, ambos eram líderes do grupo criminoso, tendo ordenado execuções de desafetos e de traficantes rivais, com o intuito de monopolizar a venda de entorpecentes.
"Com os lucros obtidos, essas lideranças, sustentavam verdadeiras vidas de luxo, adquirindo veículos de alto valor agregado e residindo em apartamentos situados em bairros nobres, além de realizarem gastos com viagens e compras de terrenos e imóveis", declarou o titular da 2ª Delegacia de Investigação do Narcotráfico.
Ainda segundo Liedtke onze dos alvos da ação já se encontravam presos no sistema penitenciário, onde utilizavam os lucros para obter regalias nos estabelecimentos prisionais. "Um dos investigados, que gerenciava o grupo criminoso, estava na Penitenciária Modulada de Montenegro. Ele tem 34 anos, ostenta antecedentes por homicídios, associação para o tráfico, entre outros", destacou.
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