No início do mês de julho de 2020, há um ano, a Prefeitura de Caçapava do Sul assinou contrato com uma empresa para a reforma do prédio central da Prefeitura, que foi interditado pelo Corpo de Bombeiros em 2018, após queda de parte do telhado.

O contrato com a empresa previa o término da obra em 90 dias, ou seja, em outubro do ano passado. Neste período, a empresa responsável iniciou as obras, retirou o telhado antigo e na sequencia acabou abandonando o projeto.

Esta atitude de abandonar a obra por parte da empresa gerou um grande transtorno para o município, porque o telhado foi retirado e todo o prédio está descoberto, pegando todo o rigor do tempo e comprometendo parte das estruturas da edificação, principalmente o piso. 

Em janeiro deste ano, a Secretaria de Planejamento informou oficialmente que estava tentando um acordo com a empresa para a retomada da obra, ou partiria para uma rescisão de contrato e iniciar um novo processo licitatório, o que levaria mais tempo e um recalculo do valor.

Este fato envolvendo o prédio da Prefeitura infelizmente é um dos grandes problemas enfrentados pelos municípios, onde empresas vencem as licitações por um preço menor, mas no futuro acabam abandonando as obras ou pedindo aditivo, tanto de preço, quanto de prazo. É claro que não vamos generalizar, porque existem empresas excelentes que cumprem os seus contratos com um serviço de qualidade.

A questão é que a Prefeitura precisa de uma solução rápida para este impasse, porque quanto mais tempo levar para retomar a obra, o valor fica mais caro e uma alteração maior no prédio é inevitável. Imagina uma edificação histórica como essa pegando todo o rigor do tempo por um ano, sem telhado e qualquer tipo de manutenção.

Este colunista está torcendo que o impasse seja resolvido o mais rápido possível, independente de um novo processo licitatório ou um acordo com a empresa. O Secretário de Planejamento, Nilvo Dorneles, está trabalhando neste assunto e vamos torcer por um final feliz. 

Se esse problema se arrastar por mais tempo, o medo das pessoas e historiadores é que o prédio se torne inviável para o conserto.  

Lorenzo Stefani

Jornalista - MTB 13.393