O Rio Grande do Sul permanece entre os estados do Brasil com incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em níveis de alerta, risco ou alto risco. Foram 10.164 hospitalizações e 903 óbitos em 2025 – sendo 380 por influenza, 66 por Covid-19 e 29 por Vírus Sincicial Respiratório (VSR), conforme painel da Secretaria Estadual da Saúde (SES). A última semana epidemiológica (SE27) contabilizou 155 casos, com tendência de queda desde a semana epidemiológica 23, que registrou 1.001 hospitalizações, o maior número atingido no ano.
A SRAG é uma condição que abrange casos de síndrome gripal, que podem causar comprometimento da função respiratória. As causas podem ser de diferentes vírus respiratórios, como a Influenza, causada pela gripe; a Covid-19, o rinovírus, causador do resfriado; o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), causador da bronquiolite, entre outros vírus.
Para Renata Petzhold Mondini, do Centro de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul, o aumento dos casos de SRAG está ocorrendo dentro do período esperado por conta da sazonalidade. “Conforme a série histórica, a sazonalidade (período de maior circulação) dos vírus Influenza e Vírus Sincicial Respiratório ocorre, no Rio Grande do Sul, nos meses mais frios, e está sendo retomada após a pandemia de Covid-19”, afirma. Segundo a profissional, o contexto exige atenção redobrada em medidas de prevenção, controle e organização dos serviços de saúde, especialmente diante do cenário de pressão na rede assistencial.
Tendência é de diminuição de casos, mas sazonalidade permanece
De acordo com o último boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado em 3 de julho, ainda que o Rio Grande do Sul – especialmente Porto Alegre – esteja em incidência de SRAG em níveis de alerta, risco ou alto risco, a avaliação é de que não há sinal de crescimento ou tendência de longo prazo. Na avaliação de Roberta, também já há indícios de queda ou interrupção do crescimento dos casos de SRAG associados à influenza, mas a sazonalidade da Influenza e do Vírus Sincicial Respiratório Permanece, reforçando a vacinação e as medidas não farmacológicas para prevenção e controle.
A cobertura vacinal dos grupos prioritários, que apresentam mais risco de hospitalização e óbito, está em 48,64%, sendo que a meta é de 90%. Apenas neste ano, das hospitalizações por Influenza, 83% são de pessoas não vacinadas, enquanto os óbitos são de 80,2%. A maioria das hospitalizações e óbitos são de pessoas a partir de 60 anos.
A cobertura vacinal baixa faz com que a população fique mais vulnerável a casos graves e óbitos, lembra Roberta. “A vacinação não evita a infecção viral, o principal objetivo é evitar casos graves de Influenza, que necessitam de hospitalização e que podem evoluir para óbito”, esclarece reforçando que a imunização é a única forma de prevenção e controle.
Correio do Povo
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