O Brasil ultrapassou a marca de 10,22 milhões de estudantes no ensino superior em 2024. O número é 2,5% maior do que o registrado em 2023 (9,97 milhões de matrículas). Entre 2014 e 2024, as matrículas na educação superior em instituições de ensino públicas e privadas aumentaram 30,5%.
Os dados constam no Censo da Educação Superior 2024, realizado pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira).
O levantamento mostra que as matrículas em EaD (educação a distância) são mais da metade (50,7%) do total de inscritos na graduação e tiveram um aumento de 5,6% entre 2023 e 2024, enquanto o número de matrículas em cursos presenciais diminuiu 0,5% no mesmo período.
Para o presidente do Inep, Manuel Palacios, a expansão da educação a distância, por meio de novas tecnologias, permitiu que uma parte da população tivesse acesso ao ensino superior, em especial os cidadãos que trabalham durante o dia.
“A educação a distância proporcionou a ampliação da oferta e atendeu estudantes que, de outra forma, não teriam acesso à educação superior”, afirmou.
Palacios disse que a recente regulamentação que prevê três formatos de cursos superiores – presenciais, semipresenciais e a distância – em diferentes áreas deverá descentralizar a educação superior nos próximos anos.
“Eu acredito que vamos conhecer polos com mais recursos e mais infraestrutura para atender os estudantes da educação superior, em um modelo intermediário entre o campus universitário clássico e a educação totalmente a distância”, declarou.
Em 2024, as matrículas na modalidade EaD estavam presentes em 3.387 municípios brasileiros (61%), por meio de campi das instituições de ensino superior ou de polos, uma alta de 97% na comparação com 2014.
O Brasil tem, ao todo, 2.561 instituições de educação superior, sendo 2.244 privadas e 317 públicas. Em 2010, havia 2.370 instituições.
Entre as instituições de ensino superior públicas, 43,8% são estaduais (139), 38,5%, federais (122) e 17,7%, municipais (56).
Jornal O Sul
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