Desde a última segunda-feira (22), restos mortais humanos foram encontrados pela Polícia Civil e pela Brigada Militar no lixão interditado de Vila Nova do Sul. As investigações preliminares apontam que ossadas e fragmentos de caixões teriam sido retirados do cemitério municipal e descartados de forma irregular no local, após denúncias da comunidade. A Prefeitura afirma que "foi surpreendida pelas denúncias" e está apurando as responsabilidades.
O delegado responsável pelo caso, Daniel Severo, informou que as ocorrências investigadas até o momento configuram “violação e vilipêndio de cadáver”. Ele acrescentou que a principal linha de apuração é de que os materiais tenham sido retirados do cemitério e transportados para o lixão por meio de serviços ligados à própria prefeitura. A polícia trabalha agora para identificar as vítimas e responsabilizar os envolvidos.
Em nota oficial, a Prefeitura de Vila Nova do Sul afirmou ter sido surpreendida pelas denúncias e declarou que o órgão de Vigilância Sanitária Municipal mantém fiscalização constante para evitar episódios dessa natureza. O Executivo informou que será aberto processo administrativo interno para apurar os fatos e que está em contato com a Polícia Civil para auxiliar nas investigações.
A administração municipal destacou ainda que uma situação semelhante já havia sido registrada no ano passado e reforçou que não compactua com qualquer ato de desrespeito aos falecidos e familiares. “A abertura de túmulos sem autorização do Governo Municipal é expressamente proibida e será tratada com rigor”, diz a nota. A Prefeitura também manifestou solidariedade às famílias e reafirmou compromisso com a legalidade e a dignidade da comunidade.
Perícia do IGP nesta quarta-feira
A Polícia Civil divulgou na manhã desta quarta-feira (24) novas informações sobre o caso das ossadas encontradas no lixão de Vila Nova do Sul. De acordo com o delegado titular de São Gabriel, Daniel Severo, uma equipe de peritos do Instituto-Geral de Perícias (IGP) iniciará às 10h as escavações no local, com o objetivo de recolher todos os restos mortais existentes.
A perícia será responsável por verificar se os fragmentos encontrados são de origem humana e, em caso positivo, identificar a quantidade de indivíduos envolvidos. Também será analisada a possibilidade de relacionar as ossadas a sepulturas, para posterior identificação das vítimas e comunicação às famílias.
Segundo a Polícia Civil, a investigação apura, até o momento, possíveis crimes de violação de sepultura, vilipêndio de cadáver e poluição ambiental. As diligências devem prosseguir ao longo da tarde para dar sequência à elucidação do caso.
Reportagem: Marcelo Ribeiro- Caderno 7.
Fotos – Divulgação / Jornal do Garcia
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